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Eles andam aí...

domingo, 10 de maio de 2009

Começo a achar que anda qualquer coisa estranha no ar... Primeiro foi uma febre de casamentos... 4 no ano passado, 4 este ano e sabe Deus quantos mais por aí andarão na calha... Agora... os bebés!

No outro dia, soube, com muita alegria, que diversas amigas e amigos estavam grávidos (contam-se...1,2,3,4,5...6 por agora). Adorei as notícias! A ideia de saber que amigas de infância com quem brinquei às bonecas terão agora um nenuco que ri e chora e faz xixi de verdade é deveras divertida.

Até o Nuno, que dizia que o único filho que teria seria o Audi é agora um querido e feliz futuro papá! Só espero que não o batize de Mercedes!

Realmente o ciclo da Vida não pára...

Acreditem que fico sincera e visceralmente feliz por todos eles! Trazer uma nova vida à vida tem tanto de desafio como de benção, mas não duvido que cada um deles será o melhor pai e mãe do mundo!

Não digo que será sempre um mar de sorrisos mas tenho a certeza que um sorriso de um filho afoga todas as tristezas do momento, por momentos e a vida é isso... sucessões de momentos.

Ainda não tenho bebés, nem sequer estou casada... Ouço o relógio biológico a picotar os segundos (prá semana faço 28 anos!), rio com as piadinhas da família e amigos a dizer que serei a próxima na lista, ouço histórias de doentes minhas a dizer que casaram aos 20 e aos 21 já tinham filhos, mas sinceramente... ainda não me sinto preparada... 

Sinto-me como uma criança que ainda mal sabe falar e que aprendeu agora a andar. Tenho tantos mundos por descobrir e tanta coisa para aprender e viver que a ideia de ter de me enraizar para poder dar estrutura a um pequenino me faria sentir presa, pelo menos nesta fase da vida. Egoísmo? Talvez, mas neste momento ainda me sinto como um viajante com a mochila às costas, ligada ao Amor e a um amor, mas independente e curiosa sobre a Vida.

Aninhados nos braços um do outro, sonhamos e brincamos (e às vezes discutimos) com nomes dos nossos futuros bebés... Eu gosto de nomes estranhos e com significados, ele preocupa-se com o facto do bebé nos vir a apresentar reclamações pela escolha e nisto passamos horas, mas o certo é que nenhum de nós se sente ainda preparado para ser pai/mãe. Talvez um dia...

Por enquanto adoro a ideia de vir a ser a tia C. dos bebés dos meus amigos. O que é certo é que... ELES ANDAM AÍ....


Um ano...

domingo, 3 de maio de 2009

Decididamente o tempo voa... piscamos os olhos, damos três suspiros e quando reparamos já passou mais um minuto, uma hora... um ano.

Hoje estive numa festa de aniversário de 1 ano de casamento de um casal amigo. À mesa, entre as várias e desconhecidas pessoas, depois das adequadas conversas socialmente bem aceites, encaixei o sorriso em ponto morto (para ninguém reparar que me tinha "ausentado") e dei por mim a pensar neste ano que passou...

O que é que construí? O que é que plantei? O que é que mudou? O que é que melhorou? O que é que eu fiz por mim? O que é que eu fiz pelos outros? Vivi ou sobrevivi? Saboreei ou engoli? Mergulhei ou fiquei a ver as ondas passar? 

Depois pensei:

-Será que penso demasiado? Será que é por mergulhar tão fundo, sem escafandro ou botija, que por vezes me sinto sufocar no turbilhão de questões sem resposta que se soltam na minha cabeça? 

Eu podia estar sossegadinha à mesa, como uma pessoa normal, a discutir simplesmente o calor que se fazia sentir, a qualidade do lombo de porco do almoço ou os golos do benfica, mesmo sendo portista e não percebendo nada de bola... mas nãooooo! Toca de filosofar como digestivo... (decididamente aqueles segundos de oxigénio de que fiquei privada durante a cesariana há 28 anos deixaram sequelas!)

Felizmente, pouco depois deste "ano" de ausência, fui acordada com a chegada da sobremesa e tudo voltou ao normal (entorpecimento de quem anda a dormir na viagem).