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Twilight...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sábado passado fui ao cinema, sem grandes expectativas, só mesmo com objectivo de deixar o mundo real lá fora e viver uma outra história qualquer.
Crendo ir ver somente mais um filme de vampiros, supreendi-me quando me deparei com uma história de amor entre trevas e luz, uma interpretação intensa, textos com pérolas e jóias da família e uma banda sonora igualmente rica.
Simplesmente... adorei! Quem nunca quis morder o fruto proibido?
Este Natal vou oferecer de presente a mim mesma o livro "Twilight" que pertence a uma colecção de 3(creio), onde surgem "Eclipse" e "Lua Nova".
Vale a pena! Depois conto...

Espiral...

Há que tempos que não venho até aqui, descansar a cabeça e ouvir os meus pensamentos ao som das teclas.
Avancei dos 0 aos 100 tão rápido que a minha alma ainda não conseguiu acompanhar o meu corpo e por isso andamos desencontrados... Mas nos breves momentos em que se cruzam, nesta espiral em que me encontro, sinto o mesmo que uma nuvem cinzenta quando atravessada por um raio de sol...

Tenho de desacelerar... não de Bugatti para Fiat Uno mas para qualquer outra coisa intermédia que me permita ver a paisagem e principalmente... desfrutar! Sinto-me longe de mim... desconectada... em piloto automático, de dia para dia à espera de alcançar a meta e por fim... o equilíbrio e a paz. Será possível? Por vezes encontro-a... mas apenas por instantes fugazes e efémeros, quando me refugio nos braços do meu amor e ficamos no doce silêncio do depois... aí sou feliz.

Dos 0 aos 100 em pouco...

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Ao fim de meses em silêncio, regresso ao Manus tuas com as minhas mãos cheias de novidades, acontecimentos, pensamentos, desabafos e afins acrescentados...

A minha vida nestes meses teve um desempenho melhor que o Bugatti Veyron que vai dos 0-100km/h em apenas 2,5 segundos. Grandes voltas e curvas que deu... mas "tá-se bem"!

Hoje adoro o que faço, com quem faço e como o faço. Todos os dias aprendo e ensino com alguém(estou a dar aulas!) Tenho projectos e planos para conquistar o mundo e finalmente as obras do novo ninho estão a terminar! Muitas novidades...
Hoje deixo-vos com um pequeno pensamento que uma utente minha, preciosa de 92 anos, partilhou comigo enquanto lhe fazia suar as ruguinhas:

"Alegria da Vida

Uma palavra simples de bondade, uma só, vale mais que um tesouro.
Os pobres corações que a dor invade é amor que reclamam, não é ouro.
Procura os fatigados da viagem, os que a sorte maltrata, dia a dia,
Estende-lhes a mão, dá-lhes coragem
E sentirás a benção da alegria."


Expressão mental...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Como em todas as profissões, os dias não são todos um mar de rosas, nem todas as pessoas doces como mel...

Recentemente comecei a trabalhar com uma senhora azeda como fel onde espinhos não faltam para cravar em qualquer desatento que se aproxime. Para mim é um castigo ter de trabalhar com ela, mas não posso permitir que isso afecte a qualidade da minha prestação de serviços... Mas que custa, custa!

Recentemente dei por mim a rir às gargalhadas mentalmente, quando, para fugir ao desconforto da sua presença, comecei a imaginar-me a exprimir através da mímica facial o que ela me fazia sentir.

Melhores imagens não encontrei! (ver imagem em anexo)

Moral da história, não devemos permitir que sentimentos negativos afectem a qualidade do nosso trabalho e por isso devemos manter-nos sóbrios e assertivos tanto quanto possível. Felizmente a nossa mente ninguém controla e com ela podemos rir e gozar muito com as situações, de forma a não frustrarmos.

Foi o que fiz e durante o sacrifício diverti-me imenso!

Ontem fiz anos...

terça-feira, 20 de maio de 2008

Ontem foi o meu aniversário! Acordei bem disposta, e preparei-me com alegria para receber todos os meus presentes. Recebi:

- Mais uma oportunidade de acordar para a Vida

- O Amor do meu amor pela manhã

- Uma beijoca ainda em pijama, da minha mãe

- Um beijinho da Rússia, do meu pai

- Muito trabalhinho todo o dia que até consola

- Saúde para poder estar operacional

- Bastantes oportunidades de aprender e crescer

- Carinhos e lembranças dos meus amigos queridos (até às 23:59 eheh)...



Foi uma alegria! Cheguei do dia de trabalho eram 23 horas da noite, mas apesar do cansaço físico o meu coração vinha cheio do Amor que tinha recebido de todos os cantos do mundo!

E no fim de tudo ainda tive uma surpresa deliciosa... A essa hora, quando cheguei, esperava-me um prato cheio de batatas fritas e bife e um bolo maravilha feito pela minha mãe e avó, com duas velas improvisadas à lá minute, uma com um 2 e a outra em branco para podermos usar a imaginação todos os anos.

E as três, de pijama, quase à meia noite, lá cantámos os parabéns em surdina para não acordar a vizinhança e divertidas fizémos uma ceia de aniversário.

Adorei o meu dia de anos! Obrigada a todos por terem contribuído para a minha Felicidade!

Liberdade...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Sem sono, ontem há noite recostei-me e abri um livro, na esperança que o João Pestana ficasse curioso e aparecesse para espreitar.

Entre uma história e uma escrita interessante encontrei mais uma Pérola... uma frase simples que me pôs a meditar no assunto. Era sobre Liberdade e dizia:

" A liberdade não é a ausência de compromissos, mas a capacidade de escolher e me comprometer com o que é melhor para mim."


Há um ano atrás, quando estava infeliz porque me sentia presa, limitada e castrada num trabalho que não me dava prazer algum, não pela tarefa em si, mas pelas pessoas que a envolviam, ansiava pela liberdade... Queria ser livre e independente... e no meio de tanto queixume, quase esqueci que o era! Quase esqueci que estava em mim a capacidade de escolher e me comprometer comigo mesma pela minha felicidade e aí sim, libertar-me...Faz-me lembrar a história do elefante que quando bebé o prendem a um tronco, pela pata, e por isso em adulto basta prender a patinha a um galho que ele já não anda (dizem).

Um dia ganhei coragem e comprometi-me comigo mesma: Vou, quero e mereço ser feliz! E escolhi a liberdade! Hoje sou, quero e mereço ser feliz!

E entre liberdade... compromisso... escolhas... lá aparaceu o João Pestana e me levou com ele para o Vale das Almofadas, na Terra dos Sonhos... zzzzzzzzz

Caminhante, não há caminho...

quinta-feira, 8 de maio de 2008


"CAMINHANTE, NÃO HÁ CAMINHO,
O CAMINHO É FEITO AO ANDAR.
AO ANDAR SE FAZ O CAMINHO
E AO OLHAR PARA TRAZ,
SE VE A SENDA QUE NUNCA
SE VAI VOLTAR A TRILHAR.
CAMINHANTE NÃO HÁ CAMINHO,
SOMENTE RASTROS NO MAR"

Antonio Machado

O Poder de um dia de cada vez...

Um dia saí do meu casulo e fui conhecer o mundo... e nesta viagem conheci muita gente com experiências de vida, valores, contextos familiares e sociais muito diferentes dos meus. Enriqueci ao conhecer cada um deles!


Nessa viagem aprendi que na vida é muito fácil escolher o caminho errado mas muito difícil voltar ao trilho e mantermo-nos nele, principalmente depois de ter visto certas paisagens tão únicas e intensas. Nada fica como era antes e a nossa percepção do mundo e do prazer fica alterada ao ponto de não nos importarmos com a nossa própria destruição... nada interessa.

Foi neste cenário que conheci o Robertinho, um miúdo grande e um grande miúdo que decidiu parar de crescer cedo, quando enveredou pela paisagem do pântano da droga. Aos 30 e picos anos decidiu que queria mais para si e tentou voltar ao trilho da Vida.

Todos os dias luta por avançar mais uns passos neste novo caminho que escolheu. Há alturas em que o percurso tem mais curvas, outras mais pedras, mas a paisagem é muito mais luminosa e acima de tudo não está sozinho. Na mesma etapa conheceu o Outro e juntos avançam na construção de uma vida nova. Agora são mais fortes...

Paralelo ao caminho, vislumbra-se constantemente o antigo pântano, como se os perseguisse. E todos os dias eles são livres de decidir... Reconheço como deve ser árduo...

Há tempos reencontrei-o e fiquei muito feliz por o ver. Já não era o miúdo grande de outrora mas sim a construção de um grande Homem. Fiquei muito orgulhosa, porque imagino o quão difícil deve ser ter de decidir manter-se na luz, todos os dias.

Acredito no poder de um dia de cada vez, no poder da Amizade e no poder do Amor para curar feridas consequentes de escolhas erradas. Acredito no Robertinho e hoje sou mais feliz porque o conheci!

Atletas de Cristal...

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Na minha profissão lidamos com muitas pessoas, de todas as idades, meios e mundos. Entre bebés, jovens e adultos, trabalho ainda com atletas especiais... os de cristal.

Falo dos nossos idosos, uma relíquia que a nossa sociedade desvaloriza e esconde num quarto escuro e abafado porque se tornou obsoleta e sem aparente valor.

Ali os deixa, entregues ao pó do esquecimento e do tempo, até que o maquinista do comboio da vida pare na sua estação e se lembre de os levar numa nova viagem. Mas alguns ainda se recusam a parar e agitam as massas!

Divirto-me muito a trabalhar com eles, e aprendo com cada história e aventura que relembram melhor do que aquilo que comeram no dia anterior.

Hoje tive uma surpresa/susto! Trabalho com uma Sra. muito catita (chamemos-lhe Relíquia) que há cerca de um mês caiu e ficou imobilizada em casa, sem poder ir aos seus chás, ao centro de dia e à sua missa (que lhe traz mais benefícios que os milhentos remédios que toma).

Ora a minha Relíquia tem trabalhado muito bem na Fisioterapia e já se estava a sentir um pouco melhor. No entanto, a sua cabecita já não está a 100% e baralhava algumas (muitas) coisas.

Quando não é o nosso espanto, quando hoje, apanhando o filho na casa de banho a tratar da sua higiene pessoal, vestiu-se, pegou nas chaves e toca de sair de casa! O rapaz, quando saiu achou estranho o silêncio da casa e foi procurar a mãe... nada de Relíquia.

Assustado desatou a correr escada abaixo, à sua procura. Sai porta fora do prédio, olha para o outro lado da estrada e lá se depara com a nossa Relíquia, toda consoladinha a vir da igreja... sem dentes (esqueceu-se de introduzir a placa no seu plano de fuga)!

Lá levou um raspanete (ao qual não ligou nenhuma), e feliz por ter recuperado a sua independência e funcionalidade lá regressou a casa cheia de novidades da rua para contar.

Agora que está melhor, vou dar-lhe alta e suspender os treinos... Estou muito orgulhosa desta minha atleta de cristal... mas não deixo de pensar que contribuí para criar um pequeno monstrinho! De "pernas novas" ninguém a pára...

Esta atleta ainda tem muito para dar, porque felizmente os filhos não se esqueceram da sua importância e acreditaram que investir no seu bem-estar é investir na felicidade de toda a família.

Os nossos atletas de cristal ainda têm muito valor. Não os esqueçamos!!!

Busca do conhecimento...

terça-feira, 22 de abril de 2008

Nos tempos de liceu, por estranho que possa parecer, adorava ouvir em particular 3 professores...

Toda a gente achava uma tremenda seca as aulas de Português, Filosofia e Psicologia, mas eu, aberração da natureza adolescente, bebia e saboreava cada palavra daquela gente.

Enquanto pessoas ou professores pouco me lembro ou de interesse saliento, mas o conhecimento que detinham, aquilo que partilhavam connosco e os mundos que se nos abriam mesmo ali à frente através das suas palavras e ensinamentos, faziam-me viajar, alargavam-me o pensamento... queria saber mais e mais!

Lembro-me, em particular, que a minha professora de Português era intragável, tinha um feitio retorcido e mandava-nos fazer trabalhos meio exagerados, mas também me lembro da forma apaixonada com que ela nos falava de obras e nos conduzia numa viagem de VIPs às mentes e vidas mais rebuscadas dos diversos escritores.

Quando a aula terminava, lembro-me que gozava mentalmente comigo mesma por pensar: " Quem me dera poder levar esta senhora para casa só para continuar a ouvi-la!" Eu sei, é ridículo, mas ela detinha tanto conhecimento, sabia tantas coisas curiosas, mostrava-nos realidades paralelas tão interessantes que só os seus olhos de Vida vivida e estudada conseguiam percepcionar, que eu queria aprender e beber tudo de uma só vez!

O conhecimento do mundo, das pessoas, dos pensamentos, dos sentimentos e dos comportamentos sempre me atraiu intensamente e foram aqueles professores que plantaram algumas destas sementes.

Parece que vivo à superfície da superfície de um mundo muito mais profundo e interessante do que aquele que conhecemos...

Preciso de saber mais, aprender mais, conhecer mais... VIVER MAIS!

Criar oportunidades...

sábado, 19 de abril de 2008

Sou apologista de que as oportunidades se criam...

Isto de ficar passivamente só à espera da sorte, nem sempre resulta, por isso é melhor arregaçar as mangas, atar os atacadores e fazermo-nos à estrada, "semeando oportunidades".

Pelos vistos não sou só eu que assim penso (ver cartoon em anexo)! eheheh


Nota: para ver em melhor detalhe, clicar sobre a imagem.

Doce manipulação...

quinta-feira, 10 de abril de 2008


Às vezes, por educação, simpatia, ingenuidade ou estupidez acabamos por ser "conduzidos" por terceiros a situações que não desejamos...

Estejemos atentos...

Ventos de mudança...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Avizinham-se ventos de mudança...
Pressinto a aproximação de uma tempestade que vem mudar tudo...

Talvez seja mesmo necessária...
Aliviará os céus, mudará as cores, lavará a terra, assentará poeiras...

Manifestar-se-á de forma assustadora, certamente, pois tudo o que é importante é intenso e avassalador, vejamos o próprio nascimento da vida: doloroso, emotivo, gritante e explosivo.

Mas do seu golpe cortante, novas forças se erguerão, da sua chuva novas vidas nascerão e há-de ser aí que irei buscar energia para avançar na minha luz.

A mudança assusta, mas é necessária. Estamos em constante mutação e se pararmos, estagnamos, e se estagnarmos, definhamos, e se definharmos, morreremos, e teremos de começar tudo de novo ... Já não há tempo para isso...

Devemos aproveitar cada sede de minuto para beber desta fonte de vida e crescermos enquanto seres humanos e seres de luz que somos ou poderemos tornar-nos.

Embora muitas vezes andemos às escuras, a decisão de escolher em que tons de luminosidade queremos ficar será sempre nossa, esse será sempre o nosso presente ou nosso castigo: o livre arbítrio.

Por isso, aceitemos sem medo e com gratidão as tempestades das nossas vidas, porque trazem consigo os ventos e as oportunidades de mudança e crescimento.

Dia de ronha...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Alguém disse:

"... e dias há em que na alma se me põe um não sei quê, que nasce não sei como, vem não sei de onde e doi não sei porquê..."

Hoje... segunda-feira... chuva... vento... cinzento... uma imagem vale por mil palavras!

NOJO...

sábado, 5 de abril de 2008

Começo a sentir cada vez mais nojo de alguns Seres Humanos! Porque raio confundem afecto, educação e carinho com SEXO?! Porque será que um sorriso ou um abraço não podem ser simplesmente aquilo que são? Um sorriso e um abraço, ponto final parágrafo!A cabeça das pessoas anda cada vez mais estercosa e isso emporcalha-lhes a visão, só pode!

Ontem, na sequência de um abraço filial a um tio com quem simpatizava, recebi um piropo tão nojento da sua parte que nem tão cedo (nem tão tarde) o quero ver por perto. O PORCO, que não tem outro nome (tem, mas era feio dizer aqui) pediu-me um abraço à despedida, o qual eu dei, com carinho por achar que vinha na sequência da solidão e falta de afecto que ele próprio tinha construido à sua volta. Qual não é o meu espanto quando ele me aperta com força e diz ao meu ouvido, com um ar de lascívia: " Desculpa que te diga, mas deves ser muito gostosa!".

Que fúrias e nojos me deram! Nem tanto pelo que foi dito mas pela forma como o transmitiu não verbalmente! A minha vontade era dar-lhe uma pêra bem assente e contar ao meu pai, para ele acabar com o resto! Mas simplesmente o afastei, dei-lhe com um olhar número 4 (quase mortal) e vim-me embora.

Agora questiono... Em que parte do meu comportamento incentivei este tipo de atitude? Será que foi por ser carinhosa? Talvez por estar quase sempre bem disposta e a sorrir? Por me dar ao trabalho de lhe ir dar um beijinho cada vez que vou embora? Por mandar cumprimentos à minha tia, sua esposa? ONDE está o indício de que apreciaria este comentário por parte dele???

Sinto-me enojada, revoltada, enfurecida, mesmo! A partir de ontem NUNCA mais o brindo com um sorriso ou qualquer tipo de contacto! Consigo ser educada... pouco mais.

Porque pouco mais merecem aqueles que não respeitam as crianças, as mulheres, a família, enrredando-os em pensamentos ou actos (o que é ainda mais grave) de luxúria e podridão!

Feng Shui...

domingo, 30 de março de 2008

Quando morava em São Miguel, nos Açores, numa casinha que mais parecia de bonecas de tão pequena que era, volta e meia, aos Sábados de manhã, abria as janelas, ligava uma música bem alegre e fazia uma limpeza a fundo... até mudava os móveis de sítio!

Sentia-me tão bem, quando mudava a cama de direcção ou arrastava o armário para o outro extremo do quarto... parecia que o ar ficava renovado... mais fresco e luminoso! Mal sabia eu o bem que me fazia...

No outro dia, arrastada pelas minhas curiosidades curiosas, estava a ler um livro de Feng Shui (uma antiga tradição chinesa taoísta que estuda a forma como os objectos afectam a energia e a forma como essa energia afecta as nossas vidas) e descobri que é muito salutar "agitar as águas" da casa.

Segundo esta filosofia, a desordem tem um efeito estagnante em termos energéticos, como se por não mexermos e limparmos as nossas coisas, energéticamente elas ficassem insalubres, como um pântano fétido. Dizem que " o universo não pode verter energia nova dentro de uma "taça" se ela estiver constantemente cheia de algo velho". Interessante...

Ainda sem saber, quando estava prestes a vir embora para o Continente, fui ao meu armário e fiquei a olhar por uns momentos... pensei em todas as roupas que via ali dentro e quantas delas eu não usava há mais de um ano... Moral da história, tirei tudo para fora e fiz 3 pilhas de roupa: uma que usava com frequência, uma que não usava há muito tempo mas... e uma que tinha a certeza que não iria voltar a usar porque se não usei num ano porque vestiria agora?

Então depois de muito matutar, guardei de volta a pilha de roupa que costumava usar... Todas as outras guardei em sacos bem arrumadinhos e... DEI! Procurei uma instituição que apoia famílias com dificuldades e pessoas sem abrigo e ofereci, porque não me fazia sentido ter guardadas coisas que poderiam muito bem contribuuir para a felicidade de outras pessoas.

Não nego que pensei "se calhar vou precisar delas, poderão vir a ser-me uteis um dia", mas felizmente isso não me impediu e mais tarde, percebi que foi o melhor que fiz.

O Feng Shui diz que se mantivermos um objecto só porque um dia pode vir a fazer falta, estaremos a dizer a nós próprios e ao Universo que, se um dia precisarmos do objecto não teremos posses para o adquirir, e por consequência, sem intenção, estaremos a promover a nossa consciência de pobreza, sufocando a esperança, porque não atraímos para nós o melhor!

Confuso? Inteligente! Lei da Dádiva... Dar para receber! Manter a energia a circular!

Conclusão: sejamos limpinhos!

Amor perfeito...

sexta-feira, 28 de março de 2008

Hoje, o carinho que cultivei com uma utente transformou-se num amor perfeito...

Há já alguns meses que trabalhava com ela, em casa, depois de uma queda que a imobilizou. A dor física que causou, uniu-se à dor que ela carrega no coração, desde há muitos anos, e a minha "atleta"(como a chamo para lhe arrancar um sorriso sempre que chego) começou a contristar para a vida.

Então, decidi remexer-lhe a terra, cortar-lhe as folhas secas e colori-la com uns raios de sol, todos os dias que lá ia, regando, por fim, com muito carinho.

Aquela Senhora tinha o corpo doente, sim, mas o coração estava a murchar pelas mágoas, desilusões e tristezas da vida... e isso fazia doer ainda mais.

Quando lá ia, punha-a a suar e entre gemidos e "ais" lá fazia o que a sua "treinadora" pedia... mas naquela hora de trabalho também falávamos muito, ríamos mais, recordavamos o seu passado e viajávamos ao antigamente. Naquela hora os meus 26 anos e os seus 86 não nos afastavam, aproximavam-nos, pela partilha que acontecia.

Ficou melhor, sorri mais... dei-lhe alta!

Hoje sou mais rica por a ter conhecido... e na despedida, eu é que agradeci, por tudo!

No fim, ofereceu-me num pequeno vaso um amor perfeito e foi tudo o que me desejou... uma vida repleta de amores perfeitos.

É nestes encontros e nestas pessoas que os encontro. OBRIGADA!

Frase do dia...



Carl Jung escreveu:





"A nossa visão só se torna clara quando conseguimos olhar para dentro do nosso coração. Quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta."

O Grande Amor

quinta-feira, 27 de março de 2008


"Haja o que houver

Há sempre um homem para uma mulher

E há de sempre haver

Para esquecer um falso amor

E uma vontade de morrer

Seja como for

Há de vencer o grande amor

Que há de ser no coração

Como um perdão pra quem chorou."


(Tom Jobim/ Vinícius de Moraes)

Os Lobos...

Na sequência do post de ontem, encontrei um texto muito interessante.
Aqui partilho:

"Uma noite, um velho índio Cherokee falava com o neto sobre a 'batalha' que é travada dentro de todos nós.
Dizia ele: "Filho, a batalha cá dentro é entre dois 'lobos'. Um é o mal. É raiva, inveja, tristeza, ganância, arrogância, auto-compaixão, culpa, ressentimento, inferioridade, mentira, falso orgulho, superioridade e ego."

"O outro é o bem." - continuou - "É alegria, paz, amor, esperança, serenidade, humildade, bondade, benevolência, simpatia, generosidade, verdade, compaixão e fé."

O neto ficou uns minutos calado a pensar e depois perguntou:

- "Avô! Qual é o lobo que vai ganhar?"

E o velho índio respondeu:

- "Aquele que alimentares!""

O Ego e o EU

quarta-feira, 26 de março de 2008

No dia dos meus anos, em 2006, a minha mãe decidiu oferecer-me uma leitura do Mapa Astral, através de uma senhora amiga dela, entendida e estudada em Astrologia.


Curiosa, entusiasmada e ao mesmo tempo receosa, lá fui ouvir o que aquele mapa de arabescos significava e durante 2 horas ouvi uma desconhecida falar de quem eu era e poderia ser sem que me conhecesse de lado algum. Foi a primeira vez que ouvi falar sobre o Ego.

Fui aprofundar o tema e descobri que o Ego e o Eu não andam de mãos dadas...
O Ego precisa da aprovação dos outros, age em função de uma resposta, necessita de controlar, sente medo, e não é mais que uma máscara social com um poder que dura somente enquanto a validação externa estiver presente.

O EU, por sua vez, tem como ponto de referência a própria alma, é imune à crítica porque não se sente inferior e aprende com a experiência interior, é livre e único sabendo que está conectado ao mundo e aos outros e que todos formam um, fala de Amor e aproxima-nos da natureza e divindade que existe em nós.

Agora pergunto... porque será que nos preocupamos tanto em "manter o ego lá em cima", "proteger o ego", "alimentar o ego", quando na realidade o ego nos afasta de quem realmente nos queremos aproximar... o EU?

Hoje começo a ter CONSCIÊNCIA de que preciso trabalhar o Ego. Preciso libertar-me dele para me aproximar de mim mesma e das infinitas possibilidades que me aguardam assim que evoluir para o EU. Mas como conseguirei? O mundo onde cresci, que nos rodeia, que eu própria criei é baseado nos pilares do Ego... o seu núcleo precisa da aprovação dos outros, precisa de controlar, precisa mostrar...

Teria de fazer uma viagem ao centro da terra, ao profundo interior de mim mesma e aí reencontrar o verdadeiro Eu que ficou comprimido debaixo do mando e da crosta que nós próprios criamos.

Júlio Verne... vai uma ajudinha?

Rugas de Luz

terça-feira, 18 de março de 2008

Hoje escrevo-vos ao calor de uma lareira velha da casa antiga da terra e ao som de uma carpideira da realeza: a minha avó! Entre os “aiiiisss” que já nem a causa ela sabe bem e as invocações do “Jesus de Nazaré” e a “Sra. de Fátima” a Dona Avó sabe bem mudar de tom para pôr o mundo a servi-la quando precisa, daí eu provocá-la ao dizer que é da realeza da fina flor do entulho, só para agitar as massas e lhe dar um bom motivo para rir.

A velhice assusta e deprime, quando, em vez de pessoas satisfeitas com as construções do passado e orgulhosas da vida vivida, nos olhamos ao espelho e vemos tudo aquilo que não fomos, tudo aquilo que não vivemos, todos os sonhos que não tivemos coragem de perseguir e sentimos o sabor amargo do coração a subir à boca e a sair nas palavras.

Adoro vir a esta casa velhinha! Ainda hoje, no quintal, sentei-me numa mesa ao pé do tanque seco e quando dei conta desmoronou e caiu por terra quase comigo. É ela podre e eu gorducha! Valeu umas boas gargalhadas!

Passo bons minutos no quintal a ver o verde das ervas daninhas, o laranja e amarelo das tangerinas e limões gigantes, o poço partido, as obras arquitectónicas das aranhas... e sonho... Imagino o quintal todo arranjado, as paredes caiadas, as flores arrumadinhas por cores, o poço enfeitado e um banco de jardim à sombra do telheiro. Gostava de ficar com esta casa e restaurá-la toda, e mais tarde proporcionar aos meus pais uma velhice feliz e saudável no campo.

Pois desejo, um dia, que as rugas das suas caras sejam de tanto sorrir para e com a Vida...

Rugas de Luz é o que nos desejo a todos.

Viver no Amor...

segunda-feira, 10 de março de 2008

Neste 2008, o Amor veio bater às portas dos meus amigos queridos! Decidiram todos casar no mesmo ano, e 2 dos nossos amigos escolheram o mesmo dia... Moral da história: Vamos a 3 casamentos (porque nos escapámos do 4º)...


É inevitável, nos nossos encontros de Serão e Chá, os tema das conversas não acabarem nos preparativos para os casamentos e na famosa frase:

- "Então e vocês? Quando casam?", da qual nos safamos sempre com um esgar de sorriso amarelo e uma estratégica mudança de assunto.

Mas estou a divertir-me imenso! Entre fazer 150 convites de um casal e ajudar a escolher a lingerie especial e os sapatos de outra noiva querida, vou-me divertindo com elas e partilhando estes momentos tão especiais que só as mulheres poderão entender.


Num destes serões, falava-se daquela "catequese pré matrimonial" obrigatória (não é bem assim que se chama, desculpem os entendidos) e do padre para aqui e ali e lá voltaram a insistir connosco com a fatídica pergunta, à qual eu respondo com o meu ar de sarcasmo religioso, típico da ovelha negra, afastada do rebanho, que sempre fui:

- "Nós vamos viver em pecado, não casamos!", olhando para o meu mori num sinal de aprovação desta minha tirada safada. Quando não é o meu espanto quando ele fica calado e não se manifesta...


O meu sorriso vitorioso de quem tinha "chocado" o pessoal da fé esvaiu-se lentamente e com o olhar número 2 (que é mau, acreditem!) olhei para ele e perguntei:

-" Então não queres morar comigo?!"


Na sua calma e maturidade doce, olhou para mim e disse:

-"Quero... muito! Mas isso chama-se viver no Amor...não no pecado..."


E ali, naquela noite, naquele momento desejei que aquele Homem fosse o meu companheiro para a Vida... uma vida abençoada por Deus, mesmo sem padre e vestido e catequese... Porque Deus é Amor... e isso nós temos e somos um para o outro. E quanto às alianças... as principais fazem-se no coração.


À distância de um click...

sexta-feira, 7 de março de 2008

Há uns bons anos, fui introduzida nos mundos da internet por uma amiga já cibernauta. Um dia, convidou-me para me juntar a ela e um grupo de amigos virtuais, numa "sala" de um chat e eu, seguindo as suas instruções, lá fui dar.

Era um mundo estranho e intrigante onde podíamos falar com toda a gente, dizer o que queríamos sem problemas e tudo à distância e protecção de um click no off...

Naquela sala, rapidamente se criaram empatias e antipatias, onde conversávamos ou desconversávamos e assim fomos entrando na casa e na vida uns dos outros, sem darmos conta.

Era tudo tão divertido e interessante... horas a fio pela noite dentro, com conversas sobre tudo ou nada. Lembro-me da minha mãe entrar pelo meu quarto às quatro e tal da manhã e perguntar ensonada e baralhada: " O que raio ainda fazes aí? O que tanto conversam?"

Nesta verdadeira "net"(rede) tecemos laços que ninguém poderia imaginar o quão fortes se tornariam e até que ponto mudariam as nossas vidas...

Sentíamos saudades, quando alguém não comparecia, estranhávamos ausências, preocupavamo-nos, conspiravamos, aprendiamos... cresciamos uns com os outros. Ali cada um podia ser quem quisesse, não interessava se era bonito ou feio, rico ou pobre, alto, magro, gordo ou coxo... ali as pessoas conheciam-se pela palavra... literalmente.

É claro que tudo poderia ser uma grande mentira ou adaptação da realidade, corre-se esse risco quando não podemos olhar nos olhos de alguém, mas eramos felizes naquelas relações protegidas pela distância física.

A noite voava entre os nossos dedos e sonhos e palavras...
E pela noite adentro sentimentos cresciam e mudavam o mundo... os nossos mundos!

Sementes de Sonho...

terça-feira, 4 de março de 2008

Ultimamente não tenho tido oportunidade para aqui vir... a Vida passou dos 0 aos 100 em maior velocidade que um ferrari topo de gama e eu tenho de a acompanhar, para não perder a viagem!

"Quem semeia, colhe" - diz o ditado- e eu há muito que semeava em terreno viciado...
Infeliz, guardei as sementes na algibeira e pus-me ao caminho, procurando uma terra fértil onde pudesse tentar novamente. Vagueei na esperança e no cansaço mas não parei de buscar, porque estas sementes são especiais... Questionei se teria feito o melhor ao abandonar o terreno velho e seco... pelo menos era terra e embora amargos, sempre dava pequenos frutos.


Hoje olho para trás, e o meu coração não se arrepende da partida. Creio ter encontrado agora terra de luz para plantar e cuidar das minhas sementes... são mágicas e os seus frutos serão doces para mim e para o mundo.Vou cuidar delas e regá-las com muito empenho e amor...

Sementes de sonho são preciosas... não as podemos perder, deixar morrer ou permitir que os pássaros gulosos no-las comam.

Vou cuidar das minhas... sempre!


Obrigada Amor...

segunda-feira, 3 de março de 2008


" Ama e faz o que quiseres.

Se te calares, cala-te com amor.

Se gritares, grita com amor.

Se corrigires, corrige com amor.

Se perdoares, perdoa com amor."

Tácito


SIDA vs Doença da Mentira

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Um destes dias, tropecei numa notícia que me abalou as estruturas... Descobri, em conversa informal e desprotegida com uma amiga querida, que um grande amigo meu tem SIDA.


Não me surpreendeu o facto, tendo presente os seus antecedentes vivenciais, mas entre a surpresa e a preocupação, houve um sentimento que se evidenciou: a mágoa!

Não é a mágoa com a vida, do "ohh porquê ele?", porque quem "cutuca a onça com vara curta", neste caso com agulha curta, arrisca-se. Não é isso...

O que me magoou foi o facto de nunca mo ter dito e pior... ter mentido quando noutro contexto o questionei sobre o tema. O que terá pensado? Porque o fez? Porque me mentiu?

A vida é demasiado preciosa para todos nós, e com doença confirmada ou surpresa acidental de quem atravessa uma estrada na hora errada, todos temos a viagem agendada! Porquê preencher o tempo de espera com mentiras entre AMIGOS?

Nunca me iria afastar ou alterar o meu comportamento face à notícia, e sei que ele sabe disso, por isso não o entendo! Pior que qualquer doença física, é o veneno da mentira numa amizade de Almas... é corrosiva, prejudicial e contagiosa, bem pior que a SIDA, hein? Esta mata a longo prazo, mas a mentira destrói a curto e durante da VIDA!

Quando fazemos parte uns dos outros (e neste caso posso afirmar que ele pertence à ELITE dos amigos importantes na minha vida) não nos afastamos ou perdemos só porque um dia cometemos erros ou nos metemos numa alhada, não! Pelo contrário, unimo-nos mais para juntos sermos mais fortes!
Por isso, porquê infectar um sentimento tão bom com uma doença destas: a MENTIRA! Não vale a pena mentir sobre os factos! Quem vale a pena, FICA!
PS: Ainda hoje ele não sabe que eu sei...

(Des)respeito em Saúde

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Infelizmente na semana passada soube que o meu avô tinha sido internado...

Na nossa família, as notícias voam rapidamente e todos (ou quase) se mobilizam para ajudar e acabámos na sala de espera do Hospital...à espera no verdadeiro sentido da palavra! Enquanto isso, lá dentro, o meu avô estava "perfeitamente acomodado" aguardando a visita médica, diziam.

Passadas HORAS de silêncio e imaginação angustiada, pudémos visitar o avô e perceber o que se passava. Pois não é o meu espanto quando dou com ele "perfeitamente acomodado" numa maca estreita, no meio de um corredor barulhento, apinhado de gente, com uma batinha mini- saia (aberta atrás- último modelo), sem cobertor e apertadinho para fazer as suas necessidades.

Eu sei que a Saúde em Portugal está mal, que os profissionais estão descontentes, que não há condições de trabalho e que o cinto já não tem mais buracos para poder ser apertado, mas por favor, RESPEITO pelas pessoas é GRATUITO! Chama-se HUMANIZAÇÃO DOS CUIDADOS DE SAÚDE, lembram-se?!

Incomodou-me profundamente assistir à falta de respeito dos profissionais para com os utentes, desde os chamarem por "tiozinho" ou "avôzinho" (que eu saiba o meu avô não tem netos ou sobrinhos ali), até ao facto que quererem que um senhor de 86 anos, culto, inteligente e em perfeitas capacidades mentais, faça cocó no meio de um corredor cheio de gente, numa panela achatada de metal, a arrastadeira, sem sequer lhe providenciarem alguma privacidade. Talvez pensem que o mini modelito de corte italiano que lhe vestiram tape o seu desconforto e embaraço... Não sei!

Como se não bastasse, mais tarde mobilizaram o meu avô para outro hospital, sem informarem a família, que continuava noutra longa fase de espera, sentada na bendita sala. O que é feito da COMUNICAÇÃO e apoio à família? Consentimento informado?HUM???

Acredito que quem trabalha em Saúde tem de ter um perfil específico de valores, em particular ter presente o respeito pelo ser humano. Açougueiros e aristocratas talvez não encaixem muito bem no tema, mas se olharem à volta é o que nos rodeia. Atenção: temos muita gente boa, com excelentes capacidades e profissionalismo. Infelizmente a maioria não o é, e numa crítica revoltada entram todos no mesmo saco de pancada, temos pena!

Moral da história: sim, o Sistema de Saúde está deplorável por falta de verba, mas os valores dos seres humanos estão piores ainda, por falta de verbos... o CUIDAR, o RESPEITAR E o AMAR!

Dia de São Valentim...

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Ontem foi dia de São Valentim... Dia de ver corações em tudo quanto é montra e arredores e notinhas a voar do bolso em nome do Amor... Até nos correios me perguntaram: "Já comprou postal do dia dos namorados?" Coitado do São Valentim... morreu decapitado e nós é que andamos a perder a cabeça!

Comercializaram a sua existência, transformando o seu sacrifício pelos outros em peluches cor de rosa e postais impingidos pelos correios. E ainda usam o seu nome em vão... porque na realidade acho ninguém sabe quem foi ou o que fez. Até quem não acredita em santos ou é ateu festeja este dia... vá-se lá entender!

Na rádio ouvi um locutor dizer que só no Dia de São Valentim é que se podem dizer certas coisas de Amor...
Brincamos??? Desde quando é preciso marcar dia para dizer a alguém o quanto o amamos? Para exprimir o quanto é importante para nós e complementa a nossa existência? Desde quando é preciso gastar dinheiro para ver o nosso amor sorrir e fazê-lo saber o que sentimos?

Amigos, todos os dias são bons dias para dizer a quem amamos o quanto o amamos. Todos os dias são bons dias para fazer o nosso amor sentir-se especial. Todos os dias são bons dias para oferecer um presente, se acham que isso tem significado para vós. Porquê esperar por dia 14 de Fevereiro quando temos outros 364 dias para sermos e fazermos alguém feliz?

Uma flor catada de um jardim alheio, mesmo ornamentada com uma aranha, se oferecida com amor e um brilho característico dos apaixonados nos olhos, pode expressar todo o afecto que sentimos. Porque será que achamos que temos que provar a intensidade do nosso amor com um ramo de flores gigante ou um presente caro, directamente proporcional? Porque será que achamos que temos de gastar dinheiro num presente pelo Amor, quando o verdadeiro amor é o maior tesouro que podemos possuir e oferecer?

O Amor não tem preço, nem dias marcados... Amem sempre!

Lava Oculta...

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Uma coisa boa quando dividida, multiplica-se... Partilho convosco um dos meus poemas preferidos do Júlio Dinis!

Não me entendes? Não suspeitas
Que esta frieza é fingida?
Não vês, cega, que envolvida
Está nela ardente paixão?
Quando teus olhares evito,
Quando julgas que medito,
Não compreendes que me agito
Em profunda inquietação?

E julgas isto frieza?
Julgas que o meu peito é gelo?
Se o que sinto não revelo,
Julgas que isso é não sentir?
Ai, louca, que assim te iludes;
Um momento que me estudes,
Verás que as tormentas rudes
Me estão no peito a bramir.

Se a mão te cinjo à partida,
Não a sentes vacilante?
Diz, não vês como inconstante
Busco e evito o teu olhar?
Chamas a isto indiferença?
Não é, não, repara, pensa;
É o amor que se condensa
Para mais me devorar.

E tu não sentes… nem podes;
P’ra que os olhos vejam tanto,
E, sob indiferente manto,
Descubram violento amor,
Não, não basta olhar somente;
O que o peito não pressente,
Só quando for rebente
Pode aos olhos ter valor…

E o teu coração… outrora
Esperei que me entendesse;
Julguei que nunca esquecesse
O que na infância nasceu,
E com os olhos no futuro
Caminhei firme e seguro,
E nunca este culto puro
No peito me adormeceu.

Mas tu… essa flor singela
Da afeição que nos unia
Se definhava e morria
Desde que outra flor surgiu:
Cenas da infância, folguedos,
Seus sorrisos, seus segredos,
Passam, como nos olmedos,
A folha que ao chão caiu.

E por isso as esqueceste;
Eu não; que então já no seio
Ocultava com receio
Mais do que infantil amor.
Quando, só, em ti pensava,
E só contigo me achava,
Não te lembras? Já corava,
Nem p’ra mais tinha valor.

Cresci, e esta ideia sempre
Afagava na lembrança;
Sempre, sempre esta esperança,
Sempre, sempre esta ilusão!
Ilusão, sim, era apenas;
Todas as passadas cenas
E recordações amenas
Riscou-tas nova paixão.

Foi uma noite. Esta ideia
Inda a conservo bem viva,
Cada dia mais se aviva
P’ra mais me fazer sentir;
Desde então já não me iludo,
Foi uma noite; vi tudo,
E fiquei gelado, mudo,
Sem esperanças, sem porvir!

Um outro estranho, que importa?
Te falava com meiguice
E às palavras que te disse
Tu sorriste e ele sorriu.
E, desumana, não vias
Que o amigo de outros dias,
De cada vez que sorrias,
Cruéis angústias sentiu!

Ai, noite de insónia, aquela!
Tu calcaras o passado,
Nem talvez nunca pensando
Havias nele como eu;
Quis esquecer-te, vingar-me,
A outro amor entregar-me.
Mas só consegui cansar-me;
Este amor permaneceu.

Até quando? Só Deus sabe.
Comprimido ele floresce,
Mas vive, mas não fenece,
Que já da infância ele vem;
Tu não vês que uma outra chama
Há muito teu seio inflama,
E quando deveras se ama,
Vê-se o amante e mais ninguém?

Bom é pois que não suspeites
Que esta frieza é mentida
Que não vejas que envolvida
Oculta ardente paixão.
Quando teus olhos evito,
Quando julgas que medito,
Nunca saibas que me agito
Em profunda inquietação.

Droga de amor...

domingo, 10 de fevereiro de 2008

“ … Amar é como uma droga. No princípio vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, tu queres mais. Ainda não te viciaste, mas gostaste da sensação e achas que podes mantê-la sob controlo. Pensas durante dois minutos nela e esqueces por três horas. Mas aos poucos, acostumas-te com aquela pessoa, e passas a depender completamente dela. Então, pensas por três horas e esqueces por dois minutos. Se ela não está perto, experimentas as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem arranjar a droga. Nesse momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, tu estás disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.”

Paulo Coelho

Atenção: esse não é o verdadeiro AMOR... são somente a Desilusão e a Dor que um dia decidiram mascarar-se para enganar os apaixonados. Não confundam... Digam NÃO À DROGA... de amor!

Importante: Afinar a orquestra...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Esta semana que passou tive uma experiência muito interessante...
Fui a um workshop de SoundHealing (cura pelos sons).
Inscreveram-me sem me explicar o que era ou o que iria encontrar, mas acredito que a nossa mente deve estar aberta a tudo o que vier por bem, por isso, lá fui.

Cheguei mesmo em cima da hora e quando entrei numa pequena sala, já estavam umas 10 pessoas deitadas no chão, de barriga para cima e de olhos fechados... Pensei: "onde raio me vim meter?"

Seguindo o princípio de em Roma ser romano, escolhi um pequeno colchão e deitei-me também. Mas quem diz que conseguia fechar os olhos, numa sala estranha, cheia de gente que não conhecia e prestes a acontecer algo fora do comum do meu dia a dia?

Ali fiquei a olhar para o tecto, com o coração meio acelerado pelo desconforto do desconhecido...

Suavemente, começa a soar uma música calma, lenta e repetitiva que transmitia paz e induzia à serenidade e o meu corpo começou a reagir, sentindo-me tranquila e em segurança. Já que ali estava, mais valia aproveitar, por isso fui fechando os olhos à medida que abria o meu coração à experiência.

Durante uma hora e meia, talvez, porque se perde a noção tempo, fomos conduzidos numa viagem de sons e sensações, na qual cada vibração conduzia a destinos diferentes cada uma das pessoas que ali estava.

A certa altura, sinto algo a ser apoiado na minha barriga e o meu coração disparou! "Uma taça tibetana!"- pensei, depois do susto! E sem que desse tempo para racionalizar mais nada, puseram-na a soar. Que sensação diferente! Foi como se o som e a frequência daquela taça fizesse vibrar todas as células do meu corpo e ele lhe respondesse. Parecia que no lugar onde a taça estava apoiada, de repente estivesse um buraco de acesso ao universo, de onde se viam imensas galáxias e poeiras cósmicas. Mesmo quando, passado um tempo, a retiraram, parecia que continuava aquela porta aberta, aquela sensação de vazio preenchido. Foi estranho mas muito especial...

Ries, o orientador da experiência diz: " O nosso corpo é como uma orquestra, com diferentes sons e frequências. Quando agimos contra o nosso bem estar, mesmo que inconscientemente, a nossa orquestra torna-se desarmoniosa."

Recomendo a experiência, embora única e reveladora individualmente. Creio que mantendo a orquestra afinada é mais fácil ouvir o nosso próprio som e as nossas próprias vozes. Escutemo-nos!

Falar baixinho...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Hoje, navegando por estes mares, tropecei numa pequena pérola. Não sei quem a disse, fez ou escreveu mas achei tão preciosa que a quero partilhar.


"Fale baixinho... Alto deve ser o valor de suas idéias, não o volume de sua voz.

O Mundo ouve mais quem fala baixo, mas pensa alto.

Enquanto Hitler gritava bastante... Gandhi falava baixo, Chaplin fazia cinema mudo, Cristo não levantava a voz.

Fale baixinho... Mostre que seu pensamento caminha além de sua voz."

Shhhhh ;)

Cochichos do Amor...

A última vez que escrevi já foi no ano passado! Dito assim até parece que já passaram tempos e tempos... E na realidade foi!

A cada dia que avanço, sinto-me mais longe do ano velho e todas as marcas que deixou. Há dias que ainda custam e os cochichos do Medo nos meus ouvidos relembram-me aquilo que eu fui, porque permiti que nisso me transformassem.

Mas a partir do ano novo, decidi escutar o AMOR e não mais o medo. As suas palavras dizem-me que cada dia é precioso e único e não posso prescindir de nenhum. Segredam-me que vou conseguir se acreditar nisso com toda a minha essência. E incentivam-me a acordar de manhã e procurar uma coisa boa que me faça sorrir o coração.

Porque hei-de ouvir o Medo, se tenho por companhia uma muito melhor influência?

Escolho os cochichos do AMOR!

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terça-feira, 1 de janeiro de 2008

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