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Doença perigosa...

sábado, 27 de outubro de 2007

Ultimamente tenho andado a investigar um tipo de doença grave, cada vez mais frequente na nossa comunidade...Propaga-se por contágio e é dolorosa e lentamente destrutiva, afectando todo o ambiente em redor, diminuindo em muito a qualidade de vida de todos os que por ela forem afectados.

Manifesta-se com sintomas de mau humor agudo, alterações do tom de voz, olhares esgazeados pseudo enfurecidos, facis carregado ou carrancudo, gestos bruscos e agressivos, tiques nervosos e tendência para perdigotos durante a fala, que decorre em alta velocidade e volume, afectando a compreensão alheia.

A patologia descrita é conhecida na comunidade científica como "TEDAPBD", Tentativa de Estragar o Dia a Pessoas Bem Dispostas, sendo perigosa, uma vez que o mecanismo de transmissão funciona por contágio directo ou cadeia.

São conhecidos vários vírus responsáveis pelo desencadear da doença, dos quais se salientam a Inveja, a Frustração, a Raiva e a Prepotência, sendo aconselhado a todos os cidadãos manter a máxima distância de qualquer indivíduo que apresente os sintomas acima mencionados.

Caso seja inevitável o contacto, a bibliografia sugere: manter a calma, não oferecer resistência, evitar "dar conversa", se possível afastar-se, evitar devolver o ataque (pois alimenta a doença e fortalece-a) e, acima de tudo, aconselha-se a SORRIR e IGNORAR.

Normalmente, uma vez que funciona por cadeia, sendo quebrado um elo, há uma boa hipótese do contágio diminuir, a partir do momento em que alguém se recusa a permitir que o seu dia seja estragado.

Mantenham o sorriso e não admitam que ninguém estrague cada dia ÚNICO que possuímos.
Ajudem-nos a controlar esta doença!

Aos amigos...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Diz um antigo ditado chinês que "os verdadeiros Amigos são os que na prosperidade vêm quando os chamamos e nas dificuldades sem que os chamemos"... Sábia verdade!

Presentes na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, dão-nos aquela palavra, aquele abraço ou aquele ralhete, consoante a ocasião, e sabemos que não estamos sozinhos.

É tão bom ter amigos! Daqueles que recebemos de pantufas, sem cerimónia, daqueles com quem ficamos horas a falar e nunca acaba assunto, daqueles com quem rimos até às lágrimas ou choramos até ao riso, com quem temos conversas metafísicas que nunca ninguém no seu perfeito juízo entenderia, daqueles a quem colocamos as cartas de Tarot na esperança de encontrar respostas que já sabemos... Enfim... AMIGOS!

Hoje quero dizer ao Mundo e a todos aqueles que me conhecem de verdade e mesmo assim gostam de mim o quanto vos amo. Sim, a Amizade é uma doce e forte forma de AMAR.

Aos amigos!!!

Travessia do deserto...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Às vezes a vida leva-nos por caminhos que não esperamos...


Passamos a vida a organizar etapas, a programar passos, a inserir coordenadas... temos tudo sobre controlo e, de repente, damos por nós perdidos, sem sinal no GPS nem setas a indicar a estrada certa...

Sem rumo, num deserto árido de cor e vida procuramos uma pista, uma mensagem subliminar na areia que nos diga que, apesar de não reconhecermos o percurso, estamos na rota certa para encontrar o tão desejado oásis. Mas será que não passa de uma miragem, uma utopia, um devaneio causado pelo excesso de sol na cabeça?

Às vezes penso que o que realmente interessa nesta viagem não é tanto o destino final mas as paragens que vamos fazendo, as fontes de onde bebemos, os viajantes que conhecemos no caminho e os souvenirs que guardamos na bagagem... mas há alturas em que as malas pesam demasiado... os viajantes só nos assaltam... as fontes ficam amargas e a vontade de prosseguir começa a dissipar-se... O que fazer?

Podemos parar, transformando-nos com a erosão dos ventos, simplesmente em mais um indiferente grão de areia num qualquer deserto... Ou, por outro lado, continuar a caminhar, mesmo que os pés queimem, na esperança de um dia voltarem a sentir a relva fresca...
No deserto que um dia, a certa altura, todos atravessamos, não há regras nem há certo ou errado... há escolhas! Parar ou avançar... Sonhar ou desistir... Viver ou morrer...

Desejo-vos uma boa travessia...

Abram as janelas e acelerem...

sábado, 20 de outubro de 2007

Este fim de semana fugi...

Depois de um dia de trabalho daqueles, em que toda a gente nos mira e ataca como se tivessemos um alvo bem redondo na camisola, meti os meus sentimentos à balda no carro, liguei o rádio e arranquei...

Nos primeiros kilómetros, reparei na revolta e ofensa bem agarrados ao capot, mas acelerei, olhei a paisagem, gritei com uns quantos condutores (de janela fechada e portas trancadas, claro!) e estes sentimentos acabaram por se soltar. Continuei a acelerar e apercebi-me que a sensação de injustiça também tinha ficado pelo caminho... Pouco depois, notei ainda um "passageiro" a menos, quando vi a voar pela janela a fúria que me vinha a consumir.

À medida que me afastava de Lisboa, do meu local de trabalho, daquela gente azeda e cinzenta, fui reparando que o carro ficava mais leve, a condução mais suave e a estrada menos tortuosa...

Conduzi-me para longe dali! Vi mar, verde, novos cheiros, novas gentes... lembrei-me do que é estar descansada... e acima de tudo lembrei-me de que existe vida para lá daquele planeta.

Aproveitei, então, para encher a bagageira de paciência, tolerância, compreensão, perdão, esperança e luz, muita luz, para quando regressar, na segunda, poder distribuir por todos aqueles que andam às escuras e nos fazem a vida negra...

É muito dificil desejar bem a quem nos faz mal... Perdoar quem nos ofende e humilha... Sorrir para quem nos faz chorar... Mas ninguém disse que "amar o próximo como Ele nos amou" era fácil... Por isso, quando sentirem que está a ficar mesmo muito muito difícil tolerar, peguem no carro, ponham os sentimentos à balda no banco detrás, liguem o rádio, abram as janelas e acelerem! Deixem pelo caminho tudo o que não interessa!



Ossos do ofício...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

As minhas mãos são o meu instrumento de trabalho. Sou Fisioterapeuta e todos os dias por elas passam histórias e vidas, sonhos e dores, dúvidas e certezas, risos e lágrimas e é tão giro sentir o que cada um tem para nos dizer...

Mal entram pela porta do ginásio, pela forma como andam, olham, falam já sei como se sentem os meus utentes, que expectativas trazem no menu do dia e como vou conseguir ou não chegar até eles...

Assim que me fardo, deixo de ser Eu para mim e passo a ser Eu para eles. Há dias que custa muito! Dias em que queremos ficar no nosso canto, sem ter que dirigir a palavra a ninguém, dias em que precisamos que cuidem de nós e não o oposto, mas na farda vem incluido o sorriso acolhedor e ninguém tem culpa das nossas arestas pessoais por limar .

Todos os dias tenho histórias para contar, que vão desde tragi-comédias, a cenas esquiso à Woody Allen. Chego mesmo a ter horas em que entro em contacto com o meu lado Psycho, mas agarro-me à "Música no Coração", canto para dentro e acaba por passar.

Nisto, com os problemas do lado de fora da porta, fardada e com o sorriso nº 2 engatilhado, lá começo a trabalhar, num egoísmo altruísta, onde me dedico aos problemas dos outros para me distrair dos meus próprios.

Enfim... OSSOS DO OFÍCIO... e músculos... e tendões!

A força do sonho...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Augusto Cury disse, um dia, que os sonhos não determinam o lugar onde vamos chegar, mas produzem a força necessária para nos tirar do lugar onde estamos...


Faço uso dessa força do sonho todos os dias, em que desejo deixar de ser lagarta para poder voar como borboleta, pelos céus da independência e realização pessoal e profissional.

É duro quando nos tratam como vermes, só porque somos pequenos e estamos a aprender a caminhar... Os ditos "grandes" esquecem-se rápido do que foram e sentiram quando estavam a começar. "Ai loucos que assim se iludem" quando pensam que detêm toda a sapiência universal e possuem todas as chaves dos segredos do conhecimento. Normalmente é nessa altura que a Vida se ri nas suas bochechas, estica a perna e lhes prega uma deliciosa e valente rasteira, trazendo-os de volta ao seu verdadeiro nível...

Mas o pior é quando nos fazem duvidar que talvez o sejamos... Aí ficamos dormentes e começamos a arrastar-nos de dia para dia no mesmo entorpecimento de quem acredita que não tem mais nada para dar. Pomos de parte a magia da descoberta, esquecemos a motivação da aprendizagem e perdemos o brilho dos olhos de quem tinha planos para conquistar o mundo.

Não deixem que vos façam sentir vermes... não se arrastem... Acreditem no sonho!

A mim, Sonhar dá-me forças para ultrapassar mais um dia naquele ninho onde não pertenço... Sou borboleta, não vespa! E em breve vou voar dali para fora, vou procurar a minha Luz...

Ouvir com o coração...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007



Numa das minhas recentes viagens pelos mundos virtuais encontrei um pequeno texto, escrito por um senhor chamado Carlos P. Novaes...

Seguindo a filosofia de que "uma coisa boa quando dividida multiplica-se", partilho-o convosco... com esperança...

"É preciso saber ouvir mais com o coração do que com os ouvidos.
O coração possui canais auditivos bem mais sensíveis e dispostos a ouvir e entender.
É preciso saber ouvir as palavras entreditas, mais do que as que foram claramente ditas.
Ouvir as palavras que restam na penumbra.
Ouvir não só os lábios, mas os olhos, os gestos, os passos - que falam muito, e falam sempre.
Bem-aventurados são os que não ouvem só com os ouvidos.
Bem-aventurados são os que podem contar com quem não tem só ouvidos para ouvir."

Está nas tuas mãos...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

As nossas mãos têm o poder de criar ou destruir, proteger ou atacar, curar ou ferir de morte...
Amam ou magoam, afagam ou ofendem, tocam o mundo e são tocadas por ele...
Pintam o presente com lápis de cor ou esboçam o futuro a carvão...
Falam e choram, agarram a vida ou cortam o fio...

O que fazem as tuas mãos?