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Retaliação do coração...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Durante muito tempo andei de costas e ouvidos voltados ao que o meu coração me dizia. Tive momentos em que desejei com tanta força que deixasse de sentir tudo com tanta intensidade que agora, talvez por retaliação, ficou dormente!

Acho que já não sinto a vida da mesma maneira e isso deixa-me triste... não queria perder as cores!

Tenho medo de me transformar num adulto cinzento de chuva... Tenho medo de deixar de ver o sol da magia que nos rodeia... Tenho medo de deixar de andar de pantufas aos pulinhos pela casa a escorregar nas tapeçarias marroquinas da mãe...


Tenho mesmo de me reencontrar com o meu coração!

Desculpa ter-te silenciado...
Desculpa ter-te ignorado...
Desculpa ter-te traído...
Desculpa ter-te humilhado...
Desculpa ter-te carregado de cinza...
Desculpa ter-te magoado...

Preciso que voltes a bater com força e coragem, cheio de energia e esperança dentro de mim!
Pazes?

Despedi-me...

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O dia de hoje, marquei na agenda como sendo o dia de:

Lidar com o evitado
Informar o mundo da minha escolha
Brindar a uma nova vida
Escolher o rumo a seguir
Recomeçar
Decidir
Agir de acordo com os meus sentimentos
Derrubar barreiras
Enfrentar os meus medos

Agora sim, encontro-me em verdadeira contagem decrescente para um ano novo e uma VIDA NOVA...

DESPEDI-ME!!!! :)

A felicidade, segundo Fernando Pessoa

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço de que a minha vida é a maior empresa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um “não”.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

Renascer das cinzas...

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Começo, lentamente, a sentir a vida a voltar ao meu corpo... Acho, mesmo que por instantes, que vi de novo os meus olhos a brilhar...

A partir do momento em que defini dentro de mim uma data para renascer, senti a Energia a percorrer as minhas veias novamente.

Lembrei-me que, acima de tudo, sou livre de escolher! E por isso escolho VIVER!

Sinto-me, agora, como uma árvore depois de uma queimada na floresta... Pouco resta a não ser a vontade de romper através das cinzas. E por isso, escolho alimentar-me delas, ao invés de permitir que me abafem o verde.

À superfície já se vislumbra uma frágil esperança, mas sem suporte ou linha de orientação... não se sabe em que direcção vai crescer ou sequer se se vai desenvolver... A única coisa que a agarra são pequenas raízes, mas fortes e com vontade de fincar o seu espaço na terra!

Vou deixar o meu único tudo, que para mim é nada, e começar novamente a plantação... Quem sabe, se por debaixo de toda esta cinza, já não repousam sementes de esperança?

Não quero ser planta de canteiro, limitada por um murete de cimento e alimentada por químicos verrinosos... Sou-o, neste momento, e por isso sinto-me murchar!

Quero crescer livre, em solo fértil!Quero poder expandir os meus ramos para onde bem entender! Quero encontrar o meu lugar ao sol!


E um dia, quando for árvore grande, quero dar calor para quem tiver frio, sombra para quem quiser repousar, alimento para quem tiver fome e, quem sabe, espalhar novas sementes de luz...

A encruzilhada...

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Cada dia que passa representa um passo neste nosso caminho chamado Vida... Por ela avançamos ou recuamos, consoante o percurso, o terreno ou Objectivo Superior...

Por vezes perdemo-nos, só para nos voltarmos a encontrar. Noutras, fazemos desvios e atalhos, crendo que poderemos avançar mais rápido ou saltar capítulos, mas damos por nós de volta ao ponto de partida... Tudo tem o seu tempo e hora certa para acontecer... De pouco serve tentar abreviar a aula, porque cada lição precisa do seu tempo próprio para ser assimilada.

Neste momento encontro-me numa encruzilhada... e vou ter que escolher qual o caminho a percorrer... Sem pistas ou dicas sobre o qual o melhor a seguir, terei que tomar uma decisão!
O tempo corre...E a escolha divide-se entre dois percursos... Um escolherá a cabeça... o outro, o coração.

Para o primeiro, basta manter-me na mesma estrada, já conhecida, e pouco mudará... A paisagem é árida e infértil, os seus habitantes, já familiares, pouco de bom têm para oferecer, mas é segura porque sei o que esperar de cada interminável e drenante kilómetro.

O segundo exigirá coragem... ou loucura... ou ambos, num salto de fé para o escuro, na esperança de reencontrar a luz... Sem conhecer ou saber o que me espera...Sem certezas ou garantias de nada...

Até ao fim deste ano terei que decidir... com a cabeça ou o coração, terei de optar entre a segurança do pedregoso conhecido ou a incógnita do mistério que não conheço.

Que Deus, o polícia sinaleiro, me ajude nesta encruzilhada, nesta escolha e nesta Vida!

Realidade paralela...

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Estes últimos tempos aprendi que nem tudo deve ser levado ao extremo... Falo por exemplo da Verdade... Às vezes uma mentirinha "branca" como lhe chamo não prejudica ninguém e até dá muito jeito... Passo a exemplificar:

Quando trabalhei em São Miguel tive um utente muito especial...tinha quase 100 anos, parecia o "Master Yoda" (versão só com um dente e não era verde) e... era Padre!

Ora o Sr. Padre precisava de fazer Fisioterapia mas já lhe faltava uma continha no terço, ou seja, o Tico e o Teco já não estavam no seu melhor. Conclusão: quando chegava a hora de fazer ginástica estava sempre muito entretido na sua realidade paralela.

Um belo dia, entrei no seu quartinho do hospital particular, para o levar até ao ginásio, e encontrei-o sentado na sua poltrona, muito entretido a conversar... SOZINHO!

Lembrei-lhe mais uma vez quem eu era (todas as sessões tinha de me apresentar) e expliquei-lhe que o vinha buscar para trabalharmos juntos.
Pois não é o meu espanto quando ele discretamente me sussura apreensivo:
- Mas, oh filha, tu não vês que estou em confissões?

Eu intrigada olhei em volta, não vi ninguém e fiquei meio baralhada, em silêncio, enquanto o ouvia a prosseguir com a encomenda de Avé Marias e Pais Nossos à bendita alminha que se estaria a confessar.

Tinha três hipóteses: ou ia embora, ou o contradizia correndo o risco de o ofender, ou entrava na "viagem"... Ora como boa pecadora que sou, o que foi que eu fiz? Menti ao Padre! Fui até à porta do quarto, espreitei para o corredor, voltei para dentro e disse:

- Sr. Padre, esta senhora (fosse lá quem fosse que ele estivesse a confessar) é a última... Não está aqui mais ninguém pra confissões, os restantes estão a rezar o terço!

E Ele aliviado, lá terminou os seus afazeres, levantou-se da cadeirinha, agarrou na minha mão e foi!

Moral da história:
Às vezes temos de ser flexíveis às realidades das outras pessoas, adaptando-nos a elas para podermos entrar no seu mundo e descobrir melhor quem são.

Um pouco de privacidade, por favor...

segunda-feira, 19 de novembro de 2007


Ando a encher o saco!!!

Cada vez mais parece que andamos num Big Brother gigante! É câmaras em tudo quanto é sítio... é no elevador, nos semáforos, no café, à entrada do serviço para ver se entramos a horas ou se ficamos muito tempo parados no corredor... eu sei lá! No trabalho, entram-nos constantemente pelas portas dos gabinetes adentro, vigiam onde andamos, com quem e há quanto tempo e por fim, quando chegamos a casa, achando que finalmente podemos ficar sossegados no nosso mundinho, pouco depois de fecharmos a porta do quarto logo entra alguém de seguida... SEM BATER! E como se não bastasse, de vez em quando lá tenho de espantar a minha avó da linha telefónica enquanto converso com uma amiga... será que ela não sabe que eu ouço a sua respiração?

Começo a achar que o único sítio onde posso realmente estar sozinha e à vontade é na casa de banho... e daí... Sabe Deus!

Cada vez mais anseio por um cantinho meu! Não precisa de ser muito grande, nem muito rico... basta que seja um sítio onde eu possa fechar a porta e deixar o mundo inteiro lá fora... Pareço um bomba relógio... em vez do bater do meu coração acho que começo a ouvir TIC TAC TIC TAC... Qualquer dia pensam que estou a virar kamikaze...

Enfim... só peço UM POUCO DE PRIVACIDADE, POR FAVOR...

Deixem brilhar...

sábado, 17 de novembro de 2007


"Era uma vez uma cobra que começou a perseguir um pirilampo.
Ele fugia com medo da feroz predadora, mas a cobra não desistia.
Um dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse precedente, mas já que te vou comer, podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR !!!"

Porque é que usamos tão facilmente o mal dos outros para nos sentirmos melhor connosco próprios, mas o bem dos mesmos nos incomoda?
Porque será que quando andamos na escuridão a luz dos outros nos encandeia?
Porque não usar essa luz para encontrar a saída, em vez de insistir na cegueira?
Amigos... brilhem e deixem brilhar!

Filha de Lisboa, Amante de São MIguel...

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Cantam os Tunídeos, da Tuna Masculina da Universidade dos Açores:


"Longe de ti não sei viver,
Minha pacata cidade,
Onde aprendi a crescer,
Também a sentir saudades.
Dos amores que eu vivi,
Nesta vida amargurada
Nenhum se compara a ti ...
Ó doce Ponta Delgada "



Sou cidadã do mundo, filha de Lisboa, irmã do Norte e amante da ilha de São Miguel... Sinto tanto a tua falta, ilha verde!

Deixei-te como te encontrei, abandonada no Atlântico, na tua aparente e ilusória tranquilidade... A vida é feita de escolhas, e por nós tive de partir! Fui muito feliz contigo e ofereci-te as sementes dos meus melhores sorrisos... mas também nos teus braços de terra negra chorei muito, por pedras de basalto que trarei comigo até que um dia me afunde no teu oceano e tas devolva.

Sinto falta do teu aconchego verde, dos teus amuos de cinzento, dos teus arrufos de abalar a terra e do azul das tuas lágrimas quentes quando a maré está vazia. Voei para longe de ti e acabei num pombal... logo eu, pássaro livre!

Lisboa é muito bonita, criou-me e fez-me quem sou, mas prende-me nas suas paredes cinza e sufoca-me com o cheiro dos seus outros filhos, em luta pela sua atenção.

Estou cansada de tanta gente! Mas, outrora, contigo sentia o peso da Solidão... Estava no paraíso e não tinha com quem o partilhar... o meu coração estava longe e transformava a tua beleza de cor numa inerte tela em sépia.

Hoje, reencontrei o Mundo que quase perdi e estou muito feliz por isso, mas a minha Terra já não é o meu lar... Sinto que não pertenço a lado nenhum... Já não seria feliz aí contigo, mas também já não o sou aqui, em Lisboa... Para onde me levará a Vida? Onde firmarei as minhas novas raízes e fundações? Porque terra me apaixonarei?


Ano dos Sapos...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Este ano de 2007 não está a ser nada fácil... Diz o calendário chinês que é o ano do Porco?! Qual quê!Foi um ano em engoli tantos sapos que imaginar-me a comer perninhas de rã já não me causa agonia...

Foi tempo de regresso à base, de liberdade condicional, de espera, de paciência, impotência, passividade, humilhações, cedências, insatisfação e intolerâncias... Ano produtivo, hein?

Felizmente, temos um ano novo à porta, e quando digo novo, quero mesmo dizer NOVO!
Chega de acomodações e queixumes... Isto de ficar até tarde, à espera que um dia, numa noite de nevoeiro, nos venham salvar de uma vida mediocre e desinteressante, onde somos conduzidos a cajado como ovelhas clonadas para onde os pastores querem, tem de acabar! Estou farta de ser ovelha que engole sapos de um porco que acha que manda na quinta. CHEGAAAA!

"O objectivo da vida é uma vida com objectivos"
, por isso, é por aqui que vou começar: estabelecer objectivos, com base numa séria e profunda introspecção. Perceber o que quero e não quero, o que tenho e o que me falta, o que me faz feliz e o que me entristece...

Não quero mais viver neste curral saturado e fedorento, cheio de vespas, pavões, vacas, porcos e coices que nem percebemos de onde vêm! Sou bicho dócil mas selvagem que precisa de liberdade para ser feliz!

Aquele momento...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Antes de nos atirarem cá para a Terra, após tratados e referendos, debates e reuniões, Deus e o Diabo lá acordaram numa regra base deste jogo que seria a Vida : "Livre Arbítrio para os humanos! Seja feita a sua vontade..."

Na cabeça de Deus devia passar qualquer coisa como: " Na altura certa eles vão saber estar, ser e fazer!", enquanto o Endiabrado pensava: " Vão-se enterrar cá com uma pinta!"...

E deu nisto... Por amor ou diversão, entalaram-nos quando nos responsabilizaram pelas nossas escolhas e nos passaram o controlo da bola.

Hoje caminhamos ou vagueamos por uma Vida repleta de escolhas a cada encruzilhada... e há sempre um momento... AQUELE MOMENTO em que a escolha que fizermos pode mudar tudo e todos em nosso redor e afectar o resultado do jogo. E o pior é que nós sabemos disso... com maior ou menor consciência, mas sabemos... No momento, sente-se o peso da decisão a pairar sobre a nossa alma e por um milésimo de segundo sentimos que o tempo pára como se Deus e o Diabo sustessem a respiração na expectativa.

Já tive o meu momento... e rematei ao poste... foi um estrago...

Felizmente o jogo ainda vai no começo e entre faltas e penalties, com as claques de apoio (ou não) a marcar presença, a bola vai rolando e a vida avança. Espero aperfeiçoar a técnica e saber estar à altura nos próximos remates...

Tempo...

sábado, 3 de novembro de 2007

Eclesiastes:

"Tudo tem a sua ocasião própria, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer;
tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
tempo de matar, e tempo de curar;
tempo de derrubar, e tempo de edificar;
tempo de chorar, e tempo de rir;
tempo de prantear, e tempo de dançar;
tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras;
tempo de abraçar, e tempo de abster-se de abraçar;
tempo de buscar, e tempo de perder;
tempo de guardar, e tempo de deitar fora;
tempo de rasgar, e tempo de coser;
tempo de estar calado, e tempo de falar;
tempo de amar, e tempo de odiar;
tempo de guerra, e tempo de paz..."

Revelação da manhã...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Hoje, às 07:30 da manhã, enquanto fazia tempo para entrar ao serviço, sentada no carro parado no estacionamento, aproveitei para ler um pouco e tentar distrair a mente da ansiedade que antecipa mais um dia de trabalho naquele ninho de zangões zangados.


Entre bocejos, abri o livro e, como que por magia, as palavras começaram a brotar como fonte de vida, como se soubessem que a esperança e coragem começam a fraquejar em mim... Partilho convosco a história que me fez sorrir esta manhã...

Do livro: O monge que vendeu o seu Ferrari- Uma fábula Espiritual, de Robin S. Sharma


"...É como aquela história clássica do miúdo que saiu de casa para ir estudar com um grande mestre. Quando conheceu o velho sábio, a primeira pergunta que lhe fez foi:
- Quanto tempo vou demorar a ficar tão sábio como tu? A resposta não se fez esperar.
- Cinco anos.
-É muito tempo, retorquiu o miúdo. E se eu trabalhar com o dobro do afinco?, disse.
-Nesse caso, demorarás dez anos, respondeu o mestre.
-Dez?! É muito tempo. E se eu estudar dia e noite, todos os dias e todas as noites?, disse.
-Quinze anos, respondeu o sábio.
-Não compreendo, disse o miúdo. Sempre que prometo dedicar mais energia ao meu objectivo, dizes-me que vou demorar ainda mais tempo a atingi-lo. Porquê? Disse o sábio:
-A resposta é simples. Com um olho fixo no destino, sobra-te apenas um olho para te guiar ao longo da viagem. .... "Sê paciente e não te esqueças de que tudo o que procuras acabará por vir ao teu encontro, se te preparares para isso e esperares."


As oportunidades surgirão quando estivermos preparados para elas...


Doença perigosa...

sábado, 27 de outubro de 2007

Ultimamente tenho andado a investigar um tipo de doença grave, cada vez mais frequente na nossa comunidade...Propaga-se por contágio e é dolorosa e lentamente destrutiva, afectando todo o ambiente em redor, diminuindo em muito a qualidade de vida de todos os que por ela forem afectados.

Manifesta-se com sintomas de mau humor agudo, alterações do tom de voz, olhares esgazeados pseudo enfurecidos, facis carregado ou carrancudo, gestos bruscos e agressivos, tiques nervosos e tendência para perdigotos durante a fala, que decorre em alta velocidade e volume, afectando a compreensão alheia.

A patologia descrita é conhecida na comunidade científica como "TEDAPBD", Tentativa de Estragar o Dia a Pessoas Bem Dispostas, sendo perigosa, uma vez que o mecanismo de transmissão funciona por contágio directo ou cadeia.

São conhecidos vários vírus responsáveis pelo desencadear da doença, dos quais se salientam a Inveja, a Frustração, a Raiva e a Prepotência, sendo aconselhado a todos os cidadãos manter a máxima distância de qualquer indivíduo que apresente os sintomas acima mencionados.

Caso seja inevitável o contacto, a bibliografia sugere: manter a calma, não oferecer resistência, evitar "dar conversa", se possível afastar-se, evitar devolver o ataque (pois alimenta a doença e fortalece-a) e, acima de tudo, aconselha-se a SORRIR e IGNORAR.

Normalmente, uma vez que funciona por cadeia, sendo quebrado um elo, há uma boa hipótese do contágio diminuir, a partir do momento em que alguém se recusa a permitir que o seu dia seja estragado.

Mantenham o sorriso e não admitam que ninguém estrague cada dia ÚNICO que possuímos.
Ajudem-nos a controlar esta doença!

Aos amigos...

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Diz um antigo ditado chinês que "os verdadeiros Amigos são os que na prosperidade vêm quando os chamamos e nas dificuldades sem que os chamemos"... Sábia verdade!

Presentes na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, dão-nos aquela palavra, aquele abraço ou aquele ralhete, consoante a ocasião, e sabemos que não estamos sozinhos.

É tão bom ter amigos! Daqueles que recebemos de pantufas, sem cerimónia, daqueles com quem ficamos horas a falar e nunca acaba assunto, daqueles com quem rimos até às lágrimas ou choramos até ao riso, com quem temos conversas metafísicas que nunca ninguém no seu perfeito juízo entenderia, daqueles a quem colocamos as cartas de Tarot na esperança de encontrar respostas que já sabemos... Enfim... AMIGOS!

Hoje quero dizer ao Mundo e a todos aqueles que me conhecem de verdade e mesmo assim gostam de mim o quanto vos amo. Sim, a Amizade é uma doce e forte forma de AMAR.

Aos amigos!!!

Travessia do deserto...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Às vezes a vida leva-nos por caminhos que não esperamos...


Passamos a vida a organizar etapas, a programar passos, a inserir coordenadas... temos tudo sobre controlo e, de repente, damos por nós perdidos, sem sinal no GPS nem setas a indicar a estrada certa...

Sem rumo, num deserto árido de cor e vida procuramos uma pista, uma mensagem subliminar na areia que nos diga que, apesar de não reconhecermos o percurso, estamos na rota certa para encontrar o tão desejado oásis. Mas será que não passa de uma miragem, uma utopia, um devaneio causado pelo excesso de sol na cabeça?

Às vezes penso que o que realmente interessa nesta viagem não é tanto o destino final mas as paragens que vamos fazendo, as fontes de onde bebemos, os viajantes que conhecemos no caminho e os souvenirs que guardamos na bagagem... mas há alturas em que as malas pesam demasiado... os viajantes só nos assaltam... as fontes ficam amargas e a vontade de prosseguir começa a dissipar-se... O que fazer?

Podemos parar, transformando-nos com a erosão dos ventos, simplesmente em mais um indiferente grão de areia num qualquer deserto... Ou, por outro lado, continuar a caminhar, mesmo que os pés queimem, na esperança de um dia voltarem a sentir a relva fresca...
No deserto que um dia, a certa altura, todos atravessamos, não há regras nem há certo ou errado... há escolhas! Parar ou avançar... Sonhar ou desistir... Viver ou morrer...

Desejo-vos uma boa travessia...

Abram as janelas e acelerem...

sábado, 20 de outubro de 2007

Este fim de semana fugi...

Depois de um dia de trabalho daqueles, em que toda a gente nos mira e ataca como se tivessemos um alvo bem redondo na camisola, meti os meus sentimentos à balda no carro, liguei o rádio e arranquei...

Nos primeiros kilómetros, reparei na revolta e ofensa bem agarrados ao capot, mas acelerei, olhei a paisagem, gritei com uns quantos condutores (de janela fechada e portas trancadas, claro!) e estes sentimentos acabaram por se soltar. Continuei a acelerar e apercebi-me que a sensação de injustiça também tinha ficado pelo caminho... Pouco depois, notei ainda um "passageiro" a menos, quando vi a voar pela janela a fúria que me vinha a consumir.

À medida que me afastava de Lisboa, do meu local de trabalho, daquela gente azeda e cinzenta, fui reparando que o carro ficava mais leve, a condução mais suave e a estrada menos tortuosa...

Conduzi-me para longe dali! Vi mar, verde, novos cheiros, novas gentes... lembrei-me do que é estar descansada... e acima de tudo lembrei-me de que existe vida para lá daquele planeta.

Aproveitei, então, para encher a bagageira de paciência, tolerância, compreensão, perdão, esperança e luz, muita luz, para quando regressar, na segunda, poder distribuir por todos aqueles que andam às escuras e nos fazem a vida negra...

É muito dificil desejar bem a quem nos faz mal... Perdoar quem nos ofende e humilha... Sorrir para quem nos faz chorar... Mas ninguém disse que "amar o próximo como Ele nos amou" era fácil... Por isso, quando sentirem que está a ficar mesmo muito muito difícil tolerar, peguem no carro, ponham os sentimentos à balda no banco detrás, liguem o rádio, abram as janelas e acelerem! Deixem pelo caminho tudo o que não interessa!



Ossos do ofício...

terça-feira, 16 de outubro de 2007

As minhas mãos são o meu instrumento de trabalho. Sou Fisioterapeuta e todos os dias por elas passam histórias e vidas, sonhos e dores, dúvidas e certezas, risos e lágrimas e é tão giro sentir o que cada um tem para nos dizer...

Mal entram pela porta do ginásio, pela forma como andam, olham, falam já sei como se sentem os meus utentes, que expectativas trazem no menu do dia e como vou conseguir ou não chegar até eles...

Assim que me fardo, deixo de ser Eu para mim e passo a ser Eu para eles. Há dias que custa muito! Dias em que queremos ficar no nosso canto, sem ter que dirigir a palavra a ninguém, dias em que precisamos que cuidem de nós e não o oposto, mas na farda vem incluido o sorriso acolhedor e ninguém tem culpa das nossas arestas pessoais por limar .

Todos os dias tenho histórias para contar, que vão desde tragi-comédias, a cenas esquiso à Woody Allen. Chego mesmo a ter horas em que entro em contacto com o meu lado Psycho, mas agarro-me à "Música no Coração", canto para dentro e acaba por passar.

Nisto, com os problemas do lado de fora da porta, fardada e com o sorriso nº 2 engatilhado, lá começo a trabalhar, num egoísmo altruísta, onde me dedico aos problemas dos outros para me distrair dos meus próprios.

Enfim... OSSOS DO OFÍCIO... e músculos... e tendões!

A força do sonho...

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Augusto Cury disse, um dia, que os sonhos não determinam o lugar onde vamos chegar, mas produzem a força necessária para nos tirar do lugar onde estamos...


Faço uso dessa força do sonho todos os dias, em que desejo deixar de ser lagarta para poder voar como borboleta, pelos céus da independência e realização pessoal e profissional.

É duro quando nos tratam como vermes, só porque somos pequenos e estamos a aprender a caminhar... Os ditos "grandes" esquecem-se rápido do que foram e sentiram quando estavam a começar. "Ai loucos que assim se iludem" quando pensam que detêm toda a sapiência universal e possuem todas as chaves dos segredos do conhecimento. Normalmente é nessa altura que a Vida se ri nas suas bochechas, estica a perna e lhes prega uma deliciosa e valente rasteira, trazendo-os de volta ao seu verdadeiro nível...

Mas o pior é quando nos fazem duvidar que talvez o sejamos... Aí ficamos dormentes e começamos a arrastar-nos de dia para dia no mesmo entorpecimento de quem acredita que não tem mais nada para dar. Pomos de parte a magia da descoberta, esquecemos a motivação da aprendizagem e perdemos o brilho dos olhos de quem tinha planos para conquistar o mundo.

Não deixem que vos façam sentir vermes... não se arrastem... Acreditem no sonho!

A mim, Sonhar dá-me forças para ultrapassar mais um dia naquele ninho onde não pertenço... Sou borboleta, não vespa! E em breve vou voar dali para fora, vou procurar a minha Luz...

Ouvir com o coração...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007



Numa das minhas recentes viagens pelos mundos virtuais encontrei um pequeno texto, escrito por um senhor chamado Carlos P. Novaes...

Seguindo a filosofia de que "uma coisa boa quando dividida multiplica-se", partilho-o convosco... com esperança...

"É preciso saber ouvir mais com o coração do que com os ouvidos.
O coração possui canais auditivos bem mais sensíveis e dispostos a ouvir e entender.
É preciso saber ouvir as palavras entreditas, mais do que as que foram claramente ditas.
Ouvir as palavras que restam na penumbra.
Ouvir não só os lábios, mas os olhos, os gestos, os passos - que falam muito, e falam sempre.
Bem-aventurados são os que não ouvem só com os ouvidos.
Bem-aventurados são os que podem contar com quem não tem só ouvidos para ouvir."

Está nas tuas mãos...

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

As nossas mãos têm o poder de criar ou destruir, proteger ou atacar, curar ou ferir de morte...
Amam ou magoam, afagam ou ofendem, tocam o mundo e são tocadas por ele...
Pintam o presente com lápis de cor ou esboçam o futuro a carvão...
Falam e choram, agarram a vida ou cortam o fio...

O que fazem as tuas mãos?