Há uns tempos que sigo um blog muito interessante, criado por uma amiga muito querida e especial. Todas as noites que visito estes mundos virtuais não resisto ao vir espreitar as suas estórias e histórias.
Hoje, ao passar por lá, não pude evitar uma lembrança engraçado do passado, devido ao tema do último post:freiras.
Também eu cresci num colégio de "virtuosas senhoras" segundo os olhos de quem não as conhecia de verdade. Para nós, crianças endiabradas, aquelas "tenebrosas senhoras" eram motivo para piar fininho e andar a toque de caixa.
Um certo dia (teria eu talvez uns 6 anitos) por volta da hora do almoço, estavamos todos alinhados milimetricamente para lavar as mãos quando, aproveitando uma distracção da freira que geria a tropa fandangueira, decidi que havia de passar toda a gente à frente e criar ali alguma emoção para abrir o apetite
Está visto que todo o pessoal "bufou" e a boa da santa foi apanhada por uma orelha e trazida até ao fim da fila com ar de quem sabia que ia levar com o terço pela cabeça abaixo.
Foi então que a freira, com o seu sotaque italiano se virou e disse:
- "Minina, com 4 olhos (já usava óculos na altura) e não vê que tem tanta gente à frente?!"
Olhei para ela, vista de baixo, e com o meu ar mais angelical, com direito a caracolinhos no cabelo e tudo, sussurei por entre um sorriso safado:
-" Não tenho 4, tenho 5 mas esse é cego!"
Não me lembro se comi sentada nesse dia, mas que o rabiosque me ardeu, ardeu, depois da "reza" com a régua... Até os cegos viram!
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